Por, PSTU Itabuna
No
último dia 29 de junho, o PSTU Itabuna-BA realizou sua convenção para a eleição
municipal. A Convenção havia sido previamente agendada para a Câmara de
Vereadores do município. No entanto, ao chegarem no local, pré-candidatos,
convidados, amigos e apoiadores das candidaturas deram com a cara na porta
trancada. Estiveram presentes, professores de Itabuna e Ilhéus, estudantes,
militantes do movimento estudantil, operários e comerciários.
Depois
de insistentes contatos com diretor e funcionários da Câmara, estes se
recusaram abrir a sala do Plenário para o PSTU. Um dos funcionários foi
categórico: “se dependesse apenas de mim, abriria para vocês, mas recebi ordem
para não abrir a Câmara para o PSTU”. Essa foi uma demonstração clara da forma
autoritária e antidemocrática como agem os dirigentes políticos de Itabuna.
Nos últimos meses veio à tona através do Ministério Público denúncias graves de envolvimento de vários vereadores, inclusive do PC do B, em um escândalo de corrupção na Câmara Municipal. Os vereadores estiveram envolvidos em fraudes de licitações e esquema de empresas fantasmas, além da “Máfia do Consignado”, que teria desviado mais de R$ 2,8 milhões por meio de adulteração de contracheques de vereadores e assessores. Não bastassem esses atos de corrupção, aumentaram os próprios salários para 2013. O salário de cada vereador que assumir o mandato no próximo ano será de R$ 10.021,17. Além disso, ampliaram também o número de vagas na Câmara de 13 para 21 vereadores. Os absurdos não se restringem apenas à Câmara. O prefeito do DEM, capitão Azevedo recebe um dos maiores salários de prefeito do Brasil, R$ 18.299,72.
Em sua
convenção os pré-candidatos do PSTU não só repudiaram a forma como os
trabalhadores e pobres de Itabuna vêm sendo tratados por governos do PT e do
DEM, como discutiram a necessidade que hoje tem de organizar as lutas e de ter
um governo que, verdadeiramente, represente todos os interesses e demandas da
classe trabalhadora.
A candidata a vereadora Professora Adriana
Oliveira, servidora pública federal, destacou que o fato do PSTU não ter
conseguido realizar sua convenção dentro da Câmara revela simbolicamente que
esse é um partido que se constrói nas ruas, no chão das fábricas, das escolas,
junto às lutas dos trabalhadores. A candidata enfatizou que o gabinete de um
vereador do PSTU será transformado em um espaço de construção das mobilizações
de estudantes, professores, movimentos sociais. Além disso, explicou que não
aceitará aumento salarial e lutará para que o salário de um vereador seja
equivalente a de um trabalhador especializado comum. Isto é, que continuará a
receber seu salário de professora. Por ser mulher, professora e socialista,
sabe de toda opressão que sofrem as mulheres trabalhadoras. Em Itabuna o índice
de violência contra as mulheres é um dos mais altos do estado da Bahia. A
professora Adriana Oliveira afirmou que as candidaturas do PSTU irão refletir
as lutas dos setores mais oprimidos da cidade, mulheres, negros e LGBT.
O candidato a prefeito Zé Roberto, professor da rede estadual, apontou as péssimas condições em que se encontram os diferentes serviços públicos da cidade. “Além de ser “campeã da dengue”, Itabuna vem vivenciando um verdadeiro um caos na saúde pública. A educação do município sofre com a precarização das escolas, os baixos salários dos professores, pois o prefeito também não cumpre a lei do piso nacional. O prefeito e seus comparsas da Câmara Municipal optaram pode defender os interesses dos grandes empresários que financiaram suas campanhas” destacou o pré-candidato. Zé Roberto propôs aos estudantes e trabalhadores presentes a organização de um Seminário do PSTU para construção de um “programa popular” para a cidade de Itabuna.
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