Ontem, o site
Bocão News publicou uma notícia acusando professores, dentre eles um militante
do PSTU (Eduardo), de fragilizarem a greve dos professores, ao voltarem as
aulas. Mais uma vez, a imprensa burguesa baiana cria calúnias e manobram
informações para desmoralizar o movimento dos professores. É vergonhosa a
tentativa desesperada da mídia burguesa e do Governo Wagner de enfraquecer a
categoria. Desde o início da greve, o Governo Wagner e a imprensa burguesa
baiana lançam mão de artimanhas cada vez mais ardilosas para confundir os
professores e jogá-los um contra os outros.
Primeiramente,
gostaríamos de deixar claro que é mentirosa a informação que o professor
Eduardo esteja dando aulas. O mesmo, há dois dias, publicou uma carta onde se
defende da mesma calúnia, primeiramente criada por militantes que atuam na
categoria e que fazem parte da corrente O Trabalho, do PT (mesmo partido do
governador), atacando os dois camaradas. O uso de calúnias como arma política é
um grave sinal de degeneração e de oportunismo, e é inaceitável entre as
fileiras de lutadoras e lutadores, inaceitável dentro de qualquer organização e
de qualquer movimento social sério.
Segundo, a
matéria do Bocão News ignora ou finge ignorar a situação dos professores
contratados pelo REDA e dos que ainda estão em estágio probatório. Só para
lembrar ao Bocão News, o Governo Wagner, durante a greve, demitiu quase 60
professores REDA. E, além disso, governo segue com uma grande ofensiva contra a
categoria, convocando os professores em estágio probatório para dar aulas para
as turmas de terceiro ano. Alguns dos que não aceitaram dar aulas estão
sofrendo processos administrativos. Outros entregaram seu “Termo de Assunção”
e, assim como o professor Eduardo, assumiram politicamente o ônus de não assumir
as turmas e não dar aulas. Sem garantias legais concretas, poucas alternativas sobraram
aos professores em estágio probatório.
Dentro de suas
possibilidades, uma vez que não contavam com garantias legais concretas, tanto
o setor jurídico da APLB-Sindicato quanto o comando de greve orientaram os
professores em estágio probatório a dar estas aulas – como acabaram fazendo
diversos docentes, incluindo o professor Maikel. Sendo assim, poucas
alternativas sobraram a estes docentes. Agindo desta forma, o governo Wagner
aplica um duro golpe sobre a categoria, passando inclusive por cima do direito
de greve dos professores, inclusive aqueles em estágio probatório.
Os professores
e regime REDA, PST e em estágio probatório são os setores mais vulneráveis
dentre os demais e, por isso, aqueles que podem ser mais facilmente atacados. É
necessário que a categoria e as organizações de esquerda que apoiam e constroem
a luta dos professores da rede estadual baiana, a exemplo do PSTU, se unifiquem
neste momento para defender os professores e exigir que seus direitos sejam
respeitados, dentre eles o direito de greve.
Para
finalizar, nós do PSTU repudiamos este e todos os demais ataques desferidos
pelo governo Jaques Wagner/PT e pela imprensa burguesa aos professores. A
imprensa deveria estar a serviço dos professores e dizer a verdade: a luta dos
professores é justa, pela melhoria da educação pública, a responsabilidade da
ausência dos professores as aulas e dos alunos fora das salas de aula é do
governo intransigente de Wagner e do PT. Nós do PSTU nos orgulhamos de ter
apoiado desde o inicio e seguir apoiando a justa luta dos professores e
saudamos todos os trabalhadores e as organizações que constroem a greve.
Direção Estadual do PSTU-BA
12 de julho de 2012.
0 comentários:
Postar um comentário