Direção Estadual do PSTU
Salvador, 14 de abril de 2015.
Amanhã será um
grande dia. Nesta quarta, 15 de abril, paralisações, greves e atos de rua
ocorrerão em todo o Brasil numa ação organizada conjuntamente pelas principais
centrais sindicais e movimentos populares do país. O dia 15 será uma resposta
da classe trabalhadora ao grave ataque aos direitos trabalhistas que representa
a aprovação do PL 4330 das terceirizações.
A conjuntura que
vivemos no Brasil nesse primeiro semestre de 2015 é bastante complexa e repleta
de desafios para os trabalhadores e os ativistas dos movimentos sociais. Os
governos, a começar pelo federal, passando pelos estaduais e municipais, querem
fazer recair sobre os ombros da classe trabalhadora o pesa da crise econômica
que eles, governos e patrões, criaram.
O PL 4330 é o mais
duro ataque aos direitos trabalhistas das últimas 4 décadas! Somam-se a ele as
medidas provisórias 664 e 665 que atacam o seguro desemprego, o PIS, as aposentadorias e pensões, além
do conjunto de medidas de ajuste fiscal que são um duro golpe as condições de vida dos trabalhadores e do
povo.
Nós trabalhadores
já podemos sentir os efeitos dessa crise. O preço da cesta básica voltou a
subir, assim como as tarifas do transporte, água e energia elétrica. Esse verdadeiro
tarifaço está corroendo os salários. A taxa de desemprego voltou a crescer e os
patrões ameaçam com mais demissões.
As pesquisas dos
principais institutos de opinião apontam que há um sentimento geral de
insatisfação com a situação econômica e política do país. A popularidade do
governo Dilma despencou mas, também o Congresso afogado na lama das negociatas
e no escândalo da lava-jato é visto com amplo descrédito.
A oposição de
direita tenta de modo oportunista capitalizar o desgaste do governo. Porém,
Aécio e o PSDB, caso estivessem no governo, teriam a mesma política econômica e
a prova disso é que eles não se opuseram a aprovação do PL 4330 e tão pouco
questionam as medidas centrais do ajuste fiscal. Nos Estados e municípios onde
governam PSDB e DEM também promovem pacotes de ajuste que são duros ataques aos
trabalhadores.
A Bahia é parte
dessa totalidade. O governo do Estado já sinalizou que cortes serão necessários
e sobram declarações do governador Rui Costa dizendo que não “há dinheiro” para
atender as reivindicações do funcionalismo, em especial o setor da educação que
está em luta com uma possibilidade de greve.
Em Salvador a
estratégia privilegiada da prefeitura de ACM Neto são as privatizações.
Destaque para o setor de mobilidade onde as todas as estações de transbordo
foram repassadas a iniciativa privada e mesmo após longos anos de péssimos
serviços prestados o SETPS obteve a renovação do direito de exploração do
transporte coletivo por mais 25 anos com direito a aumento anual de tarifa.
Para fazer frente
a essa enxurrada de ataques, a única saída para os trabalhadores nesse momento
é se organizar e lutar. Nenhuma confiança nos governos, sejam eles municipais,
estaduais, e também no governo Dilma. Nenhuma confiança na oposição de direita,
nada de progressivo virá do PSDB, do DEM, e também do PMDB de Geddel, Renan e
Eduardo Cunha.
Por todo o Brasil
e também aqui na Bahia a militância do PSTU estará nas ruas, fábricas,
Universidades, escolas e locais de trabalho, se somando aos atos e manifestações
convocados pelas centrais CUT, CTB, NCST, Intersindical/CCT e CSP-Conlutas.
Devemos apostar todas nossas fichas na mobilização da classe, num calendário de
lutas que tenha o dia 15 de abril como a primeira de várias outras iniciativas e que
tenhamos no horizonte a necessidade de uma greve geral para derrotar o ajuste
fiscal dos governos e defender os direitos da classe trabalhadora.
Nesse caminho será
fundamental que as Centrais sindicais como a CUT e a CTB, e os setores do
movimento que seguem apoiando o governo sejam ganhos para necessidade de romper
com esse apoio e dedicar máximos esforços para impulsionar as lutas contra os
ataques.
Que seja grande o 15 de abril!
Pelo arquivamento do PL 4330 das terceirizações!
Revogação das MP’s 664 e 665 que atacam o seguro
desemprego, o PIS, as aposentadorias e pensões!
Contra os cortes no orçamento da saúde, educação e
demais áreas sociais!
Contra os ajustes fiscais e reformas do governo Dilma
e também dos governos estaduais e municipais!
Chega de Dilma, PT, PSDB, PMDB! Basta de retirada de
direitos, aumentos de preços e corrupção!
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