Henrique Saldanha, de Salvador
Nesta
segunda-feira, dia 17 de junho, milhares de pessoas tomaram uma das principais
avenidas de Salvador no ato nacional pelo Passe Livre. Logo cedo na
concentração o ato já dava sinais de que seria grandioso. Milhares de jovens
chegaram muito antes do horário marcado e se reuniam para conversar, discutir
as pautas, os motivos que os levavam até ali.
No sábado,
15/06, após a reunião preparatória do ato, cerca de mil pessoas saíram às ruas
da região do centro de Salvador e foram em ato até a estação da Lapa, cantando
palavras de ordem na defesa de um sistema de transporte público, gratuito e de
qualidade. O ato dessa segunda-feira foi uma clara expressão de que a população
de Salvador não suporta mais o caos nos serviços como transporte, saúde e
educação.
Quando o
ato dessa segunda saiu da concentração já era possível ver que se tratava de um
ato de milhares. Durante um momento o ato tomou quase toda a Avenida Tancredo Neves,
centro financeiro da capital Baiana. Segundo a PM o ato reuniu cerca de 10 mil ativistas. Os milhares de ativistas levavam diversos
cartazes com dizeres que iam da luta do transporte, reivindicando redução da
tarifa, tarifa zero, mais ônibus, conclusão e ampliação das obras do metrô. As
pautas levadas para a rua retratavam o caos que a cidade vive no transporte,
que só tem piorado nos últimos dias por conta das modificações realizadas para
atender às demandas da FIFA. Hoje milhares de Soteropolitanos
gastam cerca de 5 horas no trânsito para se deslocar de casa para o trabalho ou
estudo.
Mas não eram
apenas as bandeiras do transporte que estavam no ato. A indignação que toma
todo o país chegou a Salvador e a juventude tem se levantado para questionar as
injustiças sociais na cidade. A falta de verbas para saúde e educação foram
elementos destacados nos cartazes, que questionavam a prioridade do governo com
a copa, enquanto os direitos sociais são negados constantemente na cidade e no
Estado.
A militância
do PSTU esteve presente no ato defendendo a unidade dos lutadores para lutar
contra o caos no transporte que vive a cidade hoje. Parte das pautas que o
partido levou para as ruas foi a defesa da municipalização do transporte
público da cidade, o fim do SETEPS (Sindicato patronal das empresas de ônibus que
controla o transporte coletivo da cidade) e a defesa do passe livre para
estudantes e desempregados.
Na próxima
quinta-feira (20/06) acontecerá mais um ato que promete reunir ainda mais
pessoas, unificando as dezenas de pautas que têm mobilizado milhares nos últimos
dias. O ato sairá da Praça do Campo Grande (14hs) em direção à Arena Fonte Nova, palco dos jogos da copa das confederações.
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