terça-feira, 20 de outubro de 2015

Metalúrgicos e professores unificam manifestação em Camaçari



|Por Matheus Quadros, bancário e militante do PSTU Camaçari

A manhã desta terça-feira, 20/10, foi marcada por um importante ato em Camaçari que reuniu diversos trabalhadores e trabalhadoras do complexo Ford e também professores e professoras do município.

A mobilização metalúrgica é uma reação ao indicativo da empresa de demissão de cerca de 1500 trabalhadores. Já os professores cobravam o cumprimento do acordo firmado ao fim da campanha salarial e exigiam que não fossem repassados à educação municipal os efeitos da crise econômica.

Ambas as categorias escolheram o dia de hoje para lançar a mobilização pois o presidente da Ford visitou a cidade, juntamente com o governador petista Rui Costa, para o lançamento de um programa de estágios.

Um momento muito bonito marcou a manifestação, quando a passeata dos professores se aproximou, juntos metalúrgicos e docentes cantaram palavras de ordem, demonstrando o sentimento da necessidade de uma atuação conjunta entre as mais diversas categorias contra a política nacional de ajuste fiscal e contra as demissões.


A CSP Conlutas esteve presente com bancários em greve, professores e metalúrgicos. O professor Carlos Nascimento, representando a CSP CONLUTAS convocou a unidade entre as categorias, afirmando que "só uma greve geral poderá impor uma derrota ao ajuste fiscal".


Nós acreditamos que o ato de hoje é um exemplo que podemos unir forças contra os ataques do governo, contra o ajuste fiscal e contra os ataques aos direitos e empregos dos trabalhadores. É também um exemplo da disposição que trabalhadores e trabalhadoras tem para lutar e alcançar conquistas importantes.

O governador pressionado pela mobilização já indicou que ajudará nas negociações, mas a empresa ainda não se manifestou. Por isso, acreditamos que é importante que a diretoria do sindicato, em conjunto com as outras centrais e categorias proponha um calendário de mobilizações e que juntos possamos impor essa derrota ao projeto de cortes de emprego na Ford, assim como ao ajuste fiscal do governo Dilma, do governo Rui Costa e em especial aos ataques impostos pela prefeitura de Ademar em Camaçari.

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