sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

11º dia de greve da Policia Militar da Bahia: Categoria dá demonstração de que seguirá lutando.

Henrique Saldanha, de Salvador (BA)




Hoje (10/02) a greve da PM da Bahia completa 11 dias e, diferente do discurso do governo e da mídia burguesa, a greve segue forte, mostrando que a categoria não está disposta a aceitar a intransigência do governo. Em assembléia realizada nesta tarde, com o ginásio do sindicato dos bancários lotado, as palavras de ordem seguiam forte “Ôoooo, a PM Parou, a PM Parou, a culpa é do governador....”. Mensagens de apoio chegavam de vários sindicatos e movimentos sociais, a CSP-CONLUTAS e o PSTU mais uma vez estiveram presentes na assembléia, prestando toda solidariedade aos PMs em greve.

O Governo mostra mais intransigência
Os trabalhadores em greve receberam por parte do governo Wagner mais um ato de intransigência, mostrando que este governo não esta do lado dos trabalhadores. O comandante da PM, coronel Alfredo Castro determinou hoje que os PMs retornassem ao trabalho: "A partir de hoje a ausência ao trabalho não vai ser mais vista como adesão ao movimento grevista. A ausência está sendo vista como uma falta ao serviço, que, se confirmada, será punida com o rigor da lei". Mais uma vez o governo tenta passar por cima da autonomia e do direito de organização dos trabalhadores, usando de ameaça de corte de ponto e de intimidação para tentar enfraquecer o movimento.

A greve continua, Governo a culpa e sua!
Em mais uma demonstração de intransigência e desrespeito aos trabalhadores em greve, o Deputado Sargento Isidório (PSB) da base do governo, antigo dirigente de movimento grevista da PM e com bastante referência na categoria, tentou usar sua referência para propor aos trabalhadores que terminassem o movimento, que voltassem ao trabalho, que os PMs mostrassem ao governo que estão dispostos a dialogar. A resposta do movimento foi rápida e muito forte, logo se espalhou por todo o ginásio o canto em alto e bom som: “Ôoooo, a PM Parou, a PM Parou, a culpa é do governador....”. É desta forma que as votações estão sendo terminadas, com os trabalhadores mostrando ao governo que depois de ter diminuído pela metade sua pauta de negociações, o destino da greve está nas mãos do governo: Ou o governo recua, ou a greve continua!

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