Na última quarta-feira, os metalúrgicos da Bahia deflagraram greve por aumento salarial , plano de cargo e salário e redução da jornada de trabalho. Após nove tentativas de negociação da Fetim-Bahia - Federação dos trabalhadores nas industrias metalúrgicas da Bahia - com o Sindicato Patronal e a tentativa de mediação da negociação pela Delegacia Regional do Trabalho-DRT, a patronal continou não cedendo às reivindicaçãoes dos trabalhadores. Enquanto os metalúrgicos exigem aumento real de salário, os patrões oferecem apenas 7%.
Diante do impasse, o operários uniram forças e deflagraram a greve. No primeiro dia de paralisação, 30 empresas em Salvador e Região Metropolitana tiveram suas produções interrompidas. No Complexo Ford, em Camaçari, onde atuam 27 empresas parceiras e cerca de 10 mil trabalhadores, o movimento começou ainda na madrugada, durante a chegada dos funcionários do primeiro turno. Cerca de mil carros deixarão de ser produzidos. Duas empresas de autopeças, fornecedoras da Ford, também tiveram as atividades interrompidas: a IMBE e a ThyssenKrupp.
Infelizmente, o sindicato (CTB) quer impulsionar a luta apenas por aumento de 12% e diz, em alto e bom som, que o plano de cargo e salário deve ficar para uma próxima greve. Mas esse não é o clima do chão da fábrica. Os trabalhadores estão com disposição de lutar até a vitória por 18,61% de aumento, redução da jornada e plano de cargos e salários. O MOM (Movimento de Oposição Metalúrgica - filiado à CSP- Conlutas) defende essas bandeiras. Isto porque, os trabalhadores metalúrgicos na Bahia chegaram ao seu limite. Enquanto a FORD, por exemplo, faturou, só no primeiro semestre desse ano, mais de 5 bilhões de reais, resta aos operários jornadas exaustivas, lesões ocupacionais e um dos piores salários de montadoras do Brasil. "A hora é agora", defende Ìndio, operário da FORD e candidato pelo PSTU a dep. estadual.
Segundo dia de greve
Já segundo dia de greve, cerca de 15 mil trabalhadores em Camaçari aderiram ao movimento. Infelizmente, a assembléia convocada para este dia não aconteceu porque, quando os trabalhadores chegaram para decidir o rumo do movimento, o sindicato mandou os trabalhadores irem pra casa e só voltarem na segunda-feira.
Desde o íncio da campanha salarial, o PSTU esteve ao lado dos operários. O PSTU apoia essa luta e tem colocado todos os seus esforços na construção da greve dos metalúrgicos da Bahia!! O candidato ao governo da Bahia pelo PSTU, Prof. Carlos, esteve presente nas mobilizações dos metalúrgicos levando a solidariedade das candidaturas classistas e socialistas do PSTU.
Veja aqui os programas eleitorais do PSTU a serviço da luta dos metalurgicos.
Veja as fotos do primeiro dia de greve (clique na imagem).
Acompanhe o Díario de Greve dos Metalúrgicos da Bahia no blog do Índio! (clique aqui)
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Veja as fotos do primeiro dia de greve (clique na imagem).
Greve dos Metalúrgicos da Bahia |
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