Cerca de 40 militantes e ativistas próximos do PSTU estiveram no domingo (29/07) reunidos na UNEB para discutir o programa que o PSTU apresentará nas eleições municipais de outubro. O seminário contou com a presença do candidato a prefeito pela frente “Capital da Resistência”, o professor Hamilton Assis (PSOL), a candidata vice-prefeita pelo PSTU Nise Santos e a candidata à vereadora pelo PSTU, a bancária Renata Mallet.
Na abertura do seminário, as candidatas apresentaram uma análise das eleições atuais e as tarefas para o partido nas próximas eleições.
Renata Mallet destacou o tema da conjuntura internacional de crise econômica, e de como os governos estão preparando ataques aos trabalhadores, na tentativa de conter a crise com a retirada de direitos dos trabalhadores. Destacou a importância do fortalecimento da luta dos trabalhadores em todo mundo, e que a sua candidatura vai cumprir o papel de propagandear a luta dos trabalhadores, denunciando o papel que os governos tanto da velha direita, como do PT cumprem no ataque aos trabalhadores.
“Nestas eleições, os grandes partidos querem fazer os trabalhadores acreditarem que existe uma polarização entre os projetos do DEM (ACM Neto) e do PT (Pelegrino), mas isso não é verdade. Ambos representam um projeto contrário aos interesses dos trabalhadores, basta lembrar qual é o projeto que ACM Neto representa, o projeto do Carlismo, e observar como o PT tem tratado as greves da PM e dos professores”, disse Renata.
Nise Santos, candidata a vice-prefeita pela frente de esquerda, arrancou emoção de alguns presentes, quando tocou em uma das grandes polêmicas da campanha, o fato de quase todos os candidatos a prefeito terem escolhido como vices candidatos negros. Nise, que é negra e moradora da cidade baixa, que assim como a maioria dos trabalhadores de Salvador pega ônibus todos os dias, depende da saúde pública e dos demais serviços públicos, destacou que não basta ser negro, e que infelizmente os outros candidatos tentam usar vices negros e negras para tentar mostrar-se mais próximos da maioria dos trabalhadores de Salvador, mas que infelizmente o projeto deles não são para os negros e negras de Salvador, que infelizmente eles seguiram patrocinando o projeto de faxina étnica que acontece em Salvador.
“A maior tarefa que temos hoje, é apresentar uma candidatura socialista, que dispute com a velha direita e com o governismo. É preciso apresentar um programa que faça um duro balanço do governo João Henrique, que mostre que PT, o PC do B e o PMDB estiveram nesse governo, e que esse governo que sempre beneficiou os empresários levou Salvador ao caos social. Esse governo nunca priorizou os trabalhadores dessa cidade, basta ver o que é o transporte público de Salvador, que é precário, mas tem uma das maiores tarifas. Se olharmos para a saúde e para as demais áreas sociais, veremos que os trabalhadores de Salvador foram abandonados. Por isso, é hora dos trabalhadores de Salvador, construírem um outro projeto, votarem em candidaturas classistas e socialistas, que por não terem coligações com os empresários, possam apresentar de fato um programa de uma Salvador para os Trabalhadores”, falou Nise.
Depois da mesa de abertura os presentes se dividiram em grupos de trabalho (Educação, Saúde e Meio Ambiente, Mulheres e LGBT, Negras e Negros, Trabalho, Emprego e Renda) e ajudaram a formular um programa que ajude a discutir com o conjunto dos trabalhadores uma Salvador para os trabalhadores.
Veja fotos do seminário, clique aqui.
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