A categoria tem opção! Esse é o lema da chapa de oposição que concorre, nos dias 04 e 05 de agosto, as eleições da APLB (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia). Há mais de 15 anos, as eleições do maior sindicato de servidores públicos do Nordeste não têm confronto de chapas. A cada dois anos, o mesmo programa era apresentado aos professores e professoras como a única saída possível para a categoria. Isto porque, durante todo este período, as tentativas de formação de chapas de oposição eram impugnadas pela comissão eleitoral, controlada pela chapa da situação (PCdoB/CTB).
Em 2011, essa situação mudou. A categoria tem uma alternativa independente do governo e combativa. A Chapa 2 - APLB pra lutar: oposição de verdade é uma resposta ao imobilismo, aparelhamento e antidemocracia que o sindicato vive há mais de uma década.
Composta pela CSP-Conlutas, Intersindical e professores e professoras de todo o Estado, a chapa é fruto da indignação com os mandos e desmandos da direção da APLB.
Há mais de um ano, a direção do sindicado (PCdoB/CTB) não convoca uma assembleia, um exemplo significativo da falta de democracia do sindicato. Este importante instrumento da classe trabalhadora não tem sido controlado pela categoria, mas sim por uma direção burocratizada e atrelada ao governo estadual e federal. Base governista (PT), a direção do sindicato tem se furtado do enfrentamento direto com o Governo Wagner, freando, sistematicamente, as lutas dos professores estaduais e municipais. Na luta pelo pagamento da URV, por exemplo, a diretoria culpabiliza a Justiça pelo não pagamento. A “justiça lenta” seria a grande responsável pela não conquista deste direito. No entanto, o sindicato não diz que são os Recursos do Governo Wagner impetrados na Justiça que retarda as negociações; que o Governo Wagner repete a mesma política do Governo carlista de Paulo Soto ao tentar protelar, para os próximos governos, o pagamento deste direito; o sindicato não diz, enfim, que o entrave hoje do pagamento da URV é uma escolha política do Governo do PT/PCdoB.
Neste ano, por exemplo, a educação baiana sofreu um forte ataque do Governo Wagner com a imposição do Decreto 12.583/11 que atingiu, com corte de verbas, todo o funcionalismo público estadual. O decreto foi a versão estadual do corte no orçamento de mais de 50 bilhões feito por Dilma no início do seu mandato. Mesmo com este grande ataque, e com o exemplo dos professores das Universidades estaduais que entraram em greve contra o decreto, a direção da APLB não mobilizou a categoria e sequer iniciou uma discussão sobre os efeitos do decreto para os professores e a educação.
A insatisfação com a atual direção do sindicato só tem aumentado. Em diversas cidades baianas, novos sindicatos foram formados para representar a categoria. Além disso, o reduzido número de filiados e as freqüentes desfiliações à APLB demonstram o nível de desgaste da sua direção.
A Chapa da Oposição surge nessa conjuntura com o objetivo de fortalecer o sindicato, de retomar a democracia nos seus fóruns de deliberação e resgatar a combatividade da categoria! O seu programa retoma os princípios da independência e autonomia frente a qualquer governo como pressuposto necessário para travar as lutas dos professores e professoras de forma consequente no Estado.
Em 2011, durante toda a campanha, as escolas municipais e estaduais estarão vestidas com cartazes, adesivos e jornais da Chapa 2. Os professores já estão vestindo a camisa e a oposição recebe, cotidianamente, declarações de apoio. São os professores, em cada cidade, reafirmando que, nos dias 04 e 05 de agosto, a categoria tem opção!
O PSTU-BA apóia essa iniciativa e coloca a disposição da chapa os seus militantes.
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