|Por
Matheus Quadros, bancário e militante do PSTU Camaçari
A
manhã desta terça-feira, 20/10, foi marcada por um importante ato em Camaçari
que reuniu diversos trabalhadores e trabalhadoras do complexo Ford e também
professores e professoras do município.
A
mobilização metalúrgica é uma reação ao indicativo da empresa de demissão de
cerca de 1500 trabalhadores. Já os professores cobravam o cumprimento do acordo
firmado ao fim da campanha salarial e exigiam que não fossem repassados à
educação municipal os efeitos da crise econômica.
Ambas
as categorias escolheram o dia de hoje para lançar a mobilização pois o
presidente da Ford visitou a cidade, juntamente com o governador petista Rui
Costa, para o lançamento de um programa de estágios.
Um
momento muito bonito marcou a manifestação, quando a passeata dos professores
se aproximou, juntos metalúrgicos e docentes cantaram palavras de ordem,
demonstrando o sentimento da necessidade de uma atuação conjunta entre as mais
diversas categorias contra a política nacional de ajuste fiscal e contra as
demissões.
A
CSP Conlutas esteve presente com bancários em greve, professores e
metalúrgicos. O professor Carlos Nascimento, representando a CSP CONLUTAS
convocou a unidade entre as categorias, afirmando que "só uma greve geral
poderá impor uma derrota ao ajuste fiscal".
Nós
acreditamos que o ato de hoje é um exemplo que podemos unir forças contra os
ataques do governo, contra o ajuste fiscal e contra os ataques aos direitos e
empregos dos trabalhadores. É também um exemplo da disposição que trabalhadores
e trabalhadoras tem para lutar e alcançar conquistas importantes.
O governador pressionado
pela mobilização já indicou que ajudará nas negociações, mas a empresa ainda
não se manifestou. Por isso, acreditamos que é importante que a diretoria do
sindicato, em conjunto com as outras centrais e categorias proponha um
calendário de mobilizações e que juntos possamos impor essa derrota ao projeto
de cortes de emprego na Ford, assim como ao ajuste fiscal do governo Dilma, do
governo Rui Costa e em especial aos ataques impostos pela prefeitura de Ademar
em Camaçari.
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